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TEXTOS PARA SALA DE AULA

Page history last edited by Luciane Salamoni 15 years, 10 months ago

 

A relação homem/animal

 

 

http://listas.cev.org.br/pipermail/cevhipismo/2004-October/000250.html

 

 

A relação homem/animal remonta ao início da existência do ser humano na Terra. Desde aquele tempo, essa interação caracterizou-se pelo domínio, seja inicialmente na caça, ou posteriormente, quando então foram domesticados a fim de que pudessem fornecer alimentos como o leite e a

carne, quando não para entreter a humanidade.

 

 Platão, ao analisar e estudar os animais, considerava como um dos maiores privilégios do homem o poder de se comunicar com eles e perguntava: “Haverá maior insensatez do homem em querer julgar os animais?”

 

  É comum que os defensores de atitudes insensíveis com os animais sustentem suas argumentações na ausência de consciência crítica destes e até em outros costumes envolvendo o animal, como as touradas espanholas, abstendo-se assim de qualquer reflexão mais acurada concernente à questão, como se tais costumes não fossem igualmente condenáveis sob o

prisma a que nos propomos analisar. Esse prisma é o do ser humano como mais um componente da biosfera, vivendo e habitando em harmonia e igualdade com os demais seres vivos, não obstante sua percepção consciente.

 

  No entanto, temos tomado rumo diverso e ocupado uma posição que certamente não é nossa, a de reis do universo, o centro de todas as coisas.

 

  Os animais não estão na face da Terra para divertir ou servir até a exaustão aos seres humanos.

 

  Voltaire, no sec. XVII, em sua obra “Dicionário Filosófico”, contestava o pensamento maquineísta de Descartes com estes argumentos: “Que néscio é afirmar que os animais são máquinas privadas do conhecimento e de sentidos, agindo sempre de igual modo, e que não aprendem nada, não se aperfeiçoam, etc. É por eu ser dotado de fala que julgas que tenho

sentimento, memória, idéias? Algumas criaturas bárbaras agarram o cão que excede o homem no sentimento de amizade, pregam-no numa mesa, dissecam-no vivo ainda, para te mostrarem as veias mesentéricas.

Encontrados nele todos os órgãos da sensação que existem em ti. Atreves-te agora a argumentar, se és capaz, que a natureza colocou todos estes instrumentos do sentimento animal, para que ele não possa sentir? Dispõe de nervos para manter-se impassível? Que nem te ocorra tão impertinente contradição da natureza.”

 

  Os cavalos, seres de beleza e dignidade inquestionáveis, estão perdendo esses atributos por conta da atitude covarde e vergonhosa do ser humano, ao utilizá-los como ferramenta de trabalho sem ao menos proporcionar-lhes as mínimas condições de segurança e a merecida recompensa por eles estimada, o alimento.

 

  Essa situação pode ser vista por todos nas ruas das cidades, onde os animais, quando não se encontram em condições físicas angustiantes, estão soltos à beira de estradas movimentadas colocando em risco a vida do cavalo e dos motoristas.

 

  As autoridades até o momento pouco se ocuparam do assunto. A maior parte da sociedade civil assiste impassível ao espetáculo de crueldade. Nosso objetivo é conscientizar as pessoas para que juntos possamos divulgar a situação, pressionar as autoridades, enfim, atuar como intérprete do grito dos eqüinos, que ecoa há muito pelas ruas.

 

  Enquanto o homem se colocar acima dos animais, será difícil aceitar o erro em sua conduta e empreender uma nova atitude.

 

  Recuperemos a dignidade desse esplêndido animal que sempre esteve presente na história da humanidade, servindo-a para as mais diversas funções, sempre com beleza e dignidade.

 

  De acordo com Edna Cardoso Dias, “para reconhecermos os direitos dos animais, temos de repensar muitas coisas e mudar nossas relações com o ambiente. Os animais são seres que, como o homem, estão profundamente absorvidos pela aventura de viver. Aquele que não sente compaixão pelos animais não tem o direito de falar das torturas humanas. Para as mãos do

justo, tudo que vive é sagrado.” (Por: Beatriz Tancredo)

 

 

Qual a diferença entre o homem e o animal? 

 

                O homem, apesar de ser racional, age de uma forma bem diferente do animal, destacando a sua inteligência e a forma do seu comportamento. 

                O homem tem inteligência, consciência e capacidade para analisar seus atos, executar suas tarefas, planejar suas atividades e colocá-las em prática. 

                O homem através de sua inteligência e capacitação, chega a atingir as coisas sensíveis e corporais e também as realidades imateriais e incorporais. Como por exemplo: a verdade, o tempo, o espaço, o bem, a virtude etc. 

                O homem, através das suas diferenças defronta-se com seu comportamento, pois o homem é um ser surpreendente; sua mudança é constante, seus hábitos, costumes, crenças e culturas. A palavra “razão”é o que predomina em seu vocabulário. 

                Hoje é lamentável a forma em que o homem vive, ele se destrói a cada minuto, tanto de uma forma carnal, como espiritual. 

                Hoje, nós podemos dizer que o homem luta contra si mesmo. Ele mesmo fabrica armas contra si, bombas atômicas, não respeita nem seu corpo, nem sua própria vida, ele, tão ganancioso, que pode um dia chegar ao ponto de se destruir totalmente, como já fez com várias espécies animais, com as florestas, e como ela, a fauna. Ele, na realidade, é o maior inimigo da natureza. 

                Os animais, considerados como um ser irracional, por mais que possamos pensar que ele é um ser livre, realiza seus atos impelido pelas suas sensações, pelos apetites e pelo instinto natural, para um fim de que ele mesmo ignora e cujas conseqüências não consegue nunca prever. 

                Os animais também são seres inteligentes, mas sempre se reduz à sensibilidade, é um ser que age de acordo com seu instinto, porém seus sentimentos são fortes e puros em relação ao homem. 

                Os animais não visam um conhecimento para o futuro, mas vivem a realidade do momento, se expressam de uma maneira natural para a vida. 

                Os animais são na verdade seres organizados, dotados de um sentimento profundo e expressam essa forma de vida aos olhos dos homens que não entendem, nem compreendem e nem respeitam um ser que é tão lindo e natural, independente de sua espécie.

 

Conclusão: 

                O homem domina todo espaço que encontra, ele infelizmente interfere até no espaço animal. O homem sempre visa o seu objetivo, sem se importar se irá destruir outras vidas, o homem ao mesmo tempo que constrói, destrói tudo num simples piscar de olhos, o homem fez deste mundo um barril de pólvora que a qualquer momento pode explodir. 

                O homem é um ser que tem atitudes que muitas vezes deixam a desejar, nos deixam entristecidos e com os corações feridos. 

                Um dia tudo isso terá um fim, o Criador de todas estas coisas irá nos perguntar: o porque de tanta maldade, de tanta violência, de tanta desordem e também, falta de humanidade.

http://www.coladaweb.com/sociologia/homem_animal.htm

 

 

 

 

 

 

O que é alimentação equilibrada?

 

Alimentação Equilibrada ou Balanceada é aquela que oferece numa mesma refeição pelo menos um alimento de cada grupo (Energéticos, Construtores e Reguladores), pois assim conseguimos todos os nutrientes que nosso corpo precisa para viver em harmonia.

 

Isso significa que o consumo de uma variedade de alimentos é essencial para a obtenção do equilíbrio de nutrientes indispensáveis para satisfazer as necessidades fisiológicas e psicológicas de um indivíduo.

 

Pirâmide Alimentar (http://www.diabetes.org.br/nutricao/piramide.php)

Dicas para Fazer uma Alimentação Saudável

 

Segundo a legislação vigente em nosso país, a "Pirâmide Alimentar é um instrumento, sob a forma gráfica, de orientação da população para uma alimentação mais saudável". (RDC nº39, de 21 de março de 2001). Ela constitui um guia para uma alimentação saudável, onde você pode escolher os alimentos a consumir, dos quais pode obter todos os nutrientes necessários, e ao mesmo tempo, a quantidade certa de calorias para manter um peso adequado.

A pirâmide possui 4 níveis com 8 grandes grupos de produtos, de acordo com a sua participação relativa no total de calorias de uma dieta saudável. Os alimentos dispostos na base da pirâmide devem ter uma participação maior no total de calorias da sua alimentação, ao contrário dos alimentos dispostos no topo da pirâmide, que devem contribuir com a menor parte das calorias de toda a sua alimentação. Cada grupo de alimentos é fonte de nutrientes específicos e essenciais a uma boa manutenção do organismo.

  • Grupo de pães, massas, tubérculos: Fonte de carboidratos, nutriente fornecedor de energia. Pães, massas e biscoitos integrais são ainda boa fonte de fibras, que ajudam no bom funcionamento do intestino.
  • Grupo das frutas e hortaliças: Ótimas fontes de vitaminas e sais minerais, dentre eles, antioxidantes que diminuem o efeito deletério do estresse oxidativo e dos radicais livres. Também possuem boa quantidade de fibras.
  • Grupo das carnes: São alimentos compostos basicamente de proteína, muito bem utilizada por nosso organismo para produção de tecidos, enzimas e compostos do sistema de defesa. Além disso, são ricas em ferro e vitaminas B6 (pirixodina) e B12 (cianocobalamina), tendo sua ingestão (nas quantidades adequadas) efeito preventivo nas anemias ferropriva e megaloblástica.
  • Grupo do leite e derivados: São os maiores fornecedores de cálcio, mineral envolvido na formação de ossos e dentes, na contração muscular e na ação do sistema nervoso. Além disso, possuem uma boa quantidade de proteína de boa qualidade.
  • Açúcares e óleos: são pobres em relação ao valor nutritivo, sendo considerados, por isso, calorias vazias.

Todos os grupos de alimentos são importantes para suprir as necessidades de nutrientes dos indivíduos e manter sua saúde, por isso, todos devem ser consumidos em suas quantidades adequadas. Estas quantidades variam de acordo com as necessidades de cada indivíduo.

Pirâmide Alimentar Adaptada: guia para a escolha dos alimentos -


 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ecologia e ecossistemas

 

 

 

O meio ambiente é tudo aquilo que nos cerca e que possibilita a vida. No meio ambiente, há seres vivos e há também aquilo que não é ser vivo, mas que é fundamental para a vida: água, ar, luz, calor, solo. A variação desses fatores, no mundo todo, significa variação de seres vivos

 

 

Ecossistemas e habitat

 

Os seres vivos representam o que chamamos de fatores bióticos e a água, a luz, o calor, o solo fazem parte dos fatores abióticos de um ambiente.

 

 

 

Ecossistemas

A vida existe em todo o mundo e nos mais variados ambientes: muito quentes, muito frios, muito secos ou cheios de água. Cada ambiente diferente compõe um ecossistema.

Os animais e as plantas estão acostumados ou adaptados a viver em um determinado lugar de certo ecossistema. Esse lugar chama-se habitat, que é o “endereço” do ser vivo.

Uma floresta tropical, um rio, um deserto, um jardim e até uma poça d’água são exemplos de ecossistemas. Em Ciências, o estudo dos ambientes chama-se ecologia.

 

Ambientes quentes e úmidos

Nesses ambientes, há Sol o ano todo e chove muito. As árvores são muito altas para conseguirem alcançar a luz solar. O melhor exemplo é a Floresta Amazônica.

 

Ambientes úmidos e frios

Na região sul do Brasil, encontra-se esse tipo de ambiente com pinheiros característicos da região. Alguns exemplos: araucárias, grama e capim, vegetação que suporta temperaturas altas no calor e baixas no inverno.

Ambientes muito quentes e com pouca chuva

Nesse tipo de ambiente, o calor é muito intenso, há pouca umidade no ar e no solo. As plantas que se adaptam nessas regiões são bem características, como por exemplo, os cactos que mantêm uma reserva de água no seu próprio organismo. É na região nordeste do Brasil que se encontra esse tipo de ecossistema, chamado Caatinga.

Ambientes úmidos com temperaturas amenas

São as áreas verdes restantes que permeiam o nosso litoral, que está voltado para o Oceano Atlântico e, por isso, recebem o nome de Mata Atlântica. São grandes florestas muito úmidas, mas não tão quentes quanto a floresta Amazônica.

 

A cadeia alimentar e o equilíbrio ecológico

 

Na natureza, todas os seres vivos dependem uns dos outros. As plantas crescem e fornecem alimento para algumas espécies de animais. Essas espécies servem de alimento para outros animais. Os restos são decompostos por bactérias e retornam à terra em forma de sais minerais. Essa relação linear é chamada 'cadeia alimentar'. Além de garantir a existência das espécies, a cadeia alimentar permite que a natureza permaneça em equilíbrio ecológico.

 

O equilíbrio ecológico

 

Populações de diversas espécies vivem em equilíbrio.

 

Nos rios, mares, campos e florestas, plantas, animais e microorganismos estabelecem entre si e com o ambiente um relacionamento que garante não apenas a sobrevivência de todos, mas também a preservação dos recursos naturais oferecidos pelo meio em que vivem. Essa situação de estabilidade é chamada equilíbrio ecológico. O relacionamento dos seres vivos entre si e com o meio ambiente resulta em sistemas complexos, chamados ecossistemas. Os ecossistemas são constituídos por organismos (fatores bióticos) e condições naturais (fatores abióticos), com uma contínua passagem de matéria e energia entre eles.

 

Fique ligado!

No ecossistema do fundo de um rio, por exemplo, as plantas, os microorganismos, os insetos aquáticos e os peixes constituem os fatores bióticos. A luminosidade do ambiente, a temperatura, a salinidade e o pH da água representam os fatores abióticos.

 

Produtores, consumidores e decompositores

 

Os seres vivos que compõem um ecossistema são denominados componentes bióticos e seu conjunto é denominado biota ou biocenose. Eles se organizam em três categorias: produtores, consumidores e decompositores.

 

As plantas são a base da cadeia alimentar.

 

Produtores ou autótrofos

Os produtores ou autótrofos são organismos capazes de fabricar seu próprio alimento. Na natureza, os principais produtores são as plantas e as algas. As substâncias que esses seres vivos produzem por meio da fotossíntese são indispensáveis para sua nutrição e também para a nutrição dos seres vivos que não fazem fotossíntese ou não são produtores.


Fique ligado!

Em todos os ecossistemas, há organismos que dependem das plantas para sobreviver. Por exemplo: na copa de uma árvore, insetos comem folhas ou sugam o néctar das flores. Larvas de moscas (bicho-da-fruta) e passarinhos comem os frutos. No solo, sob a árvore, insetos e microorganismos alimentam-se de folhas, flores e frutos que caem. Todos esses seres vivos estão ingerindo substâncias que a árvore produziu com a fotossíntese.

 

 

Consumidores ou heterótrofos

São os organismos incapazes de produzir seu próprio alimento. Por isso se alimentam dos produtores ou de outros consumidores. Os consumidores podem ter vários nomes de acordo com o tipo de alimento que consomem. Veja os seguintes exemplos:

 

 

Tipos de consumidores

Do que se nutrem

Exemplos

Herbívoros

plantas

gafanhoto, preá, capivara

Carnívoros carne

de outros animais

onça, leão, gavião

Onívoros

plantas e animais

homem, lobo-guará

Hematófagos

sangue

pernilongo, carrapato

Insetívoros

insetos

tamanduá e algumas espécies de pássaros

Detritívoros

detritos vegetais e animais

certos tipos de caramujo

 

 

 

 

 

 

 

 

Os animais herbívoros são os primeiros a consumir a matéria orgânica produzida pelas plantas. Por isso são chamados de consumidores primários. Quando um animal carnívoro nutre-se de um herbívoro, ele é classificado como um consumidor secundário. Outros carnívoros alimentam-se de consumidores secundários. Eles são os consumidores terciários. Os consumidores quaternários são aqueles que se alimentam dos terciários. Cada um desses níveis – primário, secundário, terciário – é chamado de nível trófico.



Fique ligado!

Cadeia alimentar é o caminho que a matéria orgânica segue desde os produtores até os decompositores, passando pelos consumidores.

 

Decompositores

São os organismos que se nutrem de restos de plantas e animais mortos. Compreendem as bactérias e os fungos, que atuam como verdadeiras "usinas processadoras de lixo": decompõem organismos mortos, transformando-os em substâncias simples (sais, gases e água). Essas substâncias podem ser reaproveitadas pelos produtores. A ação decompositora permite a reciclagem de matéria orgânica e impede que o planeta fique recoberto por uma camada orgânica morta – fato que poderia comprometer a existência da vida na Terra. Nas cadeias alimentares que ocorrem nos ecossistemas aquáticos, o nível trófico dos produtores é ocupado pelo fitoplâncton (algas microscópicas). Os consumidores primários estão representados por minúsculos animais, freqüentemente microscópicos, como microcrustáceos, larvas de insetos, protozoários e outros, que formam o zooplâncton. Os consumidores secundários são pequenos peixes que devoram os consumidores primários. No nível dos consumidores terciários, estão animais maiores – peixe, cetáceos, aves predadoras de peixes e, muitas vezes, até o próprio homem.

 

A presença do homem

 

O homem se comporta como um animal onívoro, isto é, alimenta-se de plantas e também de outros animais. Com isso, ele pode ocupar vários níveis tróficos nas cadeias alimentares. Veja alguns exemplos:        

  

Nível trófico:

Exemplos:

Consumidor primário

Milho Homem

Consumidor secundário

Capim Vaca Homem

Consumidor terciário

Algas Peixe Jacaré Homem

Consumidor quaternário

Algas Crustáceo Peixe Foca Homem

 

Delicado equilíbrio

 

            Nas cadeias alimentares em geral, a população de cada espécie é limitada pela quantidade de alimento disponível. O aumento exagerado de uma população pode criar um desequilíbrio ecológico com sérios riscos para a natureza. Quando uma população cresce muito, os indivíduos começam a enfrentar uma competição mais intensa por alimento e por local de abrigo. Por outro lado, quando uma população qualquer começa a reduzir, podemos supor que algo não vai bem. O desequilíbrio de uma população – seja por causas naturais ou pela ação do homem – traz mudanças em todo o ecossistema. Vamos ver dois exemplos:

 

A população de piranhas

aumentou com a redução da população de jacarés.

 

• Antes das leis que regulamentam a proteção da espécie, o jacaré do Pantanal passou por um período de intensa caça predatória. Com a diminuição da população de jacarés, mais piranhas sobreviveram, pois havia menos jacarés para se alimentarem delas. O crescimento da população de piranhas acabou trazendo problemas para os fazendeiros na hora de transportar o gado pelas regiões alagadas.

 

• Há alguns anos, em Ilhabela, litoral paulista, as autoridades da região espalharam inseticida pelas praias, orlas das matas e nos riachos, matando grande número de borrachudos adultos, larvas e ovos. Além dos borrachudos, o inseticida reduziu drasticamente a população de camarões de água doce, predadores naturais dos ovos e larvas daqueles insetos. Assim, os poucos insetos sobreviventes continuaram a se reproduzir e se desenvolveram livremente por não serem mais comidos pelos camarões. Com isso, a população de borrachudos voltou a crescer atingindo seu tamanho maior do que tinha antes da aplicação do veneno. O equilíbrio só foi recuperado depois que a população de camarões voltou ao normal.

 

 

Controle biológico

 

           

O controle biológico é uma técnica utilizada contra espécies nocivas ao homem, introduzindo no ambiente uma espécie predadora da população que se pretende combater. Veja alguns exemplos de seres vivos que atuam como controladores biológicos em várias regiões do Brasil:

• Joaninhas: são insetos muito utilizados para combater pulgões e outros insetos daninhos que sugam folhas de plantas como o milho e o trigo.

• Vespas Apanteles: essas vespas injetam ovos no interior de lagartas que atacam, por exemplo, a cana-de-açúcar e o milho. Dos ovos das vespas, saem larvas que destroem as lagartas.

A vantagem dessa técnica é que ela não é poluente. Porém, exige cuidados para que não interfira no equilíbrio do ambiente.

 

http://klickeducacao.ig.com.br

 

 

 

Fotossíntese, a fonte da vida

 

 

     Quando respiram todos os seres vivos (inclusive as plantas) consomem o oxigênio presente na atmosfera e liberam gás carbônico. O mesmo acontece quando são queimados certos materiais orgânicos, como as árvores ou a gasolina. Como o oxigênio é vital para a existência da maioria dos seres vivos, sua manutenção na atmosfera é fundamental para a sobrevivência da vida na Terra. Para isso os seres vivos dependem de um processo químico chamado fotossíntese, feito pelas folhas das plantas. A fotossíntese é responsável pela contínua renovação do oxigênio consumido no planeta. Vamos conhecer um pouco esse processo?

 

 

 

 

Fábricas de energia

 

 

Todo ser vivo precisa de energia para continuar existindo. É por isso que nos alimentamos. O alimento fornece o "combustível" necessário para nosso corpo realizar a respiração celular, que fornece a energia para viver. Com as plantas acontece o mesmo. Elas precisam de energia para crescer e continuar vivas e também obtêm a partir da respiração. Só que, ao contrário dos animais, as plantas são capazes de produzir seu próprio combustível (glicose) para realizar este processo. Isso é feito pela fotossíntese. Na fotossíntese, as plantas absorvem uma parte da luz do Sol, que é captada pela clorofila, pigmento verde existente nas folhas. Mesmo as plantas que possuem outras cores, como vermelho ou amarelo, também possuem clorofila. Essa energia luminosa é usada para transformar o gás carbônico presente no ar e a água absorvida pelas raízes em glicose, um tipo de açúcar usado como fonte de energia para os seres vivos. 

 

 

Você sabia?

A capacidade de armazenar energia das plantas é incrível. Se compararmos com uma usina hidrelétrica como, por exemplo, a de Barra Bonita (no rio Tietê ), verificamos que a energia produzida diariamente pela usina (140 MW) seria armazenada por 1 km² de floresta absorvendo energia do Sol por duas horas e meia.

 

 

As etapas da fotossíntese

 

 

Podemos resumir o mecanismo da fotossíntese da seguinte maneira:

1   Os pêlos existentes nas raízes das plantas absorvem a água e os sais minerais do solo. Esse material é chamado de seiva bruta.

2   A seiva bruta percorre os minúsculos vasos que saem da raiz, seguem pelo caule e chegam até as folhas.

3   Enquanto a seiva bruta faz esse trajeto, o gás carbônico existente na atmosfera penetra na planta através de poros microscópicos (estômatos) existentes na superfície das folhas.

4   Na folha, graças à energia solar captada pela clorofila, a água e o gás carbônico reagem entre si, produzindo alimento (glicose).

5   A glicose é conduzida ao longo dos canais existentes na planta para todas as partes do vegetal. Ela utiliza parte desse alimento para viver e crescer; a outra parte fica armazenada na raiz, caule e sementes, sob a forma de amido.

 

 

Fique ligado!

A reação química que produz a glicose também libera oxigênio e água.Estes compostos são utilizados no processo de respiração celular da própria planta, para que ela produza energia. O excedente, que ela não utiliza, é liberado para o ambiente. Os mesmos poros que absorveram o gás carbônico, liberam o oxigênio na atmosfera.

 

 

Respiração e transpiração

Além de fazer a fotossíntese e fabricar glicose, a planta realiza outro processo: a respiração. Durante a respiração, os vegetais absorvem o oxigênio e eliminam gás carbônico, produzindo energia. A liberação de energia ocorre porque a quantidade de energia contida nas moléculas de glicose e de oxigênio é maior do que a energia armazenada entre os átomos que formam o gás carbônico e a água. Assim, quando respira, a planta libera a energia da glicose por ela fabricada. Este é o mesmo processo que acontece nos animais e nos seres humanos. Nós não fabricamos glicose, como as plantas, por isso precisamos obter essa glicose dos alimentos que ingerimos para que possamos produzir energia. O terceiro processo realizado pelas folhas dos vegetais é a transpiração, que nada mais é do que a eliminação de vapor d'água. A transpiração é importante, pois facilita a obtenção de água pelas raízes, reiniciando o ciclo da fotossíntese.

 

 

 

 

As plantas como fonte de energia

 

 

Os seres vivos que não são capazes de captar energia do Sol e armazená-la em moléculas orgânicas, como a glicose, dependem dos seres vivos fotossintetizantes para obtê-la. Os animais, por exemplo, retiram a glicose que lhe fornece energia dos alimentos que consomem. Alguns animais se alimentam de plantas. São os herbívoros. Outros animais, os carnívoros, alimentam-se de herbívoros. Outros animais ainda, chamados onívoros – entre eles, o homem –, retiram sua glicose tanto de vegetais quanto de outros animais. Essa relação entre os seres vivos que se alimentam uns dos outros é a chamada cadeia alimentar. Portanto, as plantas estão na base da cadeia alimentar, que mantém os grandes animais, entre eles, o homem.

 

Exemplos de cadeias alimentares:

 capim  →  préa  →   jaguatirica

 

 

papéis e tecidos   →  traça   →   aranha   →   largatixa

 

Papéis e tecidos? Não esqueça: papéis são fabricados a partir de fibras da madeira retirada de árvores (pinheiros e eucaliptos). Os tecidos são originários de diversas matérias-primas, como algodão, por exemplo. Portanto, ambos são formados de matéria orgânica, que lhe serve de alimento.

 

 

 

 

A descoberta da fotossíntese

 

Até o século XVII, os cientistas imaginavam que o solo era o responsável pelo fornecimento de todos os nutrientes necessários para o crescimento dos vegetais. Foi nessa época em que o médico e alquimista Jan Baptist van Helmont (1580-1644) concluiu que essa idéia não era verdadeira. Durante cinco anos, ele forneceu água a um pequeno salgueiro. Passado esse tempo, verificou que a terra perdeu 57 gramas, enquanto a planta saltou de 2 para 75 quilos. Van Helmont concluiu que era a água que fornecia os nutrientes necessários para o crescimento da planta. Em 1777, o químico inglês Joseph Priestley (1733-1804) descobriu que as plantas poderiam "restaurar o ar que havia sido danificado pela queima de uma vela". Ao colocar uma vela coberta por um jarro, percebeu que a chama apagava rapidamente. Em seguida, Priestley colocou um camundongo no mesmo recipiente em que estava a vela. Resultado: o animal morreu. Num terceiro momento, ele colocou um ramo de hortelã no jarro e dez dias depois conseguiu acender a vela. Finalmente, ele pôs um camundongo no recipiente onde já estavam a vela e a hortelã. Desta vez, o ratinho sobreviveu. Graças a essas experiências, o químico concluiu que "nenhum vegetal cresce em vão, pois limpa e purifica nossa atmosfera". O físico Jan Ingenhousz (1730-1799) confirmou o trabalho de Priestley em 1778. Ele observou que a luz era responsável pela "restauração do ar"; descobriu que somente as partes verdes da planta "restauram" o ar. Anos mais tarde, ele formulou a hipótese de que a planta trocava "ar de má qualidade" por "ar de boa qualidade". Ele sugeriu que, na presença da luz solar, uma planta consumia gás carbônico, eliminava oxigênio e guardava o carbono como fonte de alimento. O cientista Nicholas Theodore de Saussure (1767-1845) demonstrou que há troca de volumes iguais de oxigênio e gás carbônico durante a fotossíntese e que a planta retém carbono e ganha peso.

 

Amazônia: o pulmão do mundo?

 

 

Você já ouviu dizer que a Amazônia é o pulmão do mundo? Até algum tempo atrás, acreditava-se que, pelas dimensões da floresta, a região Amazônica seria a grande responsável pela manutenção dos níveis de oxigênio da Terra. Pesquisas recentes, no entanto, descobriram que o verdadeiro "pulmão" corresponde às algas marinhas. Apesar de existirem nas cores azul, verde, marrom, amarelo e vermelho, todas as algas têm clorofila e fazem fotossíntese. Esses organismos são tão numerosos, que se atribui à sua fotossíntese a maior parte do oxigênio existente no planeta. Além disso, as árvores de grande porte da Floresta Amazônica consomem na sua respiração a maior parte do oxigênio produzido na fotossíntese, liberando para o ambiente apenas uma parcela muito pequena desse gás.

 

 

 

 

 

A CARTA DA TERRA

A terra é o nosso lar e o lar de todos os seres vivos. A própria Terra está viva, fazemos parte de um universo em evolução. Os seres vivos são membros de uma comunidade de vida interdependente dotada de uma diversidade magnífica de formas de vida e de culturas. Sentimo-nos humildes ante a beleza da Terra e compartilhamos da reverência à vida e às fontes do nosso ser. Damos graças pela herança que recebemos das gerações passadas e abraçamos nossas responsabilidades para com as gerações presentes e futuras.

A comunidade da Terra vive um momento de definição. A biosfera é governada por leis que desprezamos a nosso risco. Os seres humanos adquiriram a capacidade de alterar radicalmente o meio ambiente e os processos de evolução. O tecido da vida e os alicerces da segurança local e global são ameaçados pela falta de visão e pelo mau uso do conhecimento e do poder. Há muita violência, pobreza e sofrimento em nosso mundo. Uma mudança fundamental em nossa rota se faz necessária.

A escolha está diante de nós: cuidar da Terra ou participar de nossa auto-destruição e da destruição da diversidade da vida. É preciso reinventar a civilização industrial tecnológica e encontrar novas formas de equilíbrio entre o indivíduo e a comunidade, o ter e o ser, a diversidade e a unidade, o curto prazo e o longo prazo, o gastar e o nutrir.

Em meio a toda nossa diversidade, somos uma humanidade e uma família Terra com um destino comum. Os desafios que defrontamos impõem uma visão ética abrangente. É imperioso forjar parcerias e promover a cooperação nos níveis local, bioregional, nacional e internacional.

De forma solidária entre todos e com a comunidade de vida, nós, os povos do mundo, ao abraçarmos os valores desta Carta, poderemos formar uma família de culturas que permita o pleno desenvolvimento do potencial de todas as pessoas em harmonia com a comunidade da Terra. Temos de manter viva a fé nas possibilidades do espírito humano e um profundo senso de pertencimento ao Universo. Nossas melhores ações hão de concretizar a integração do conhecimento com a bondade.

Princípios

•  RESPEITAR a Terra e toda vida. A Terra, toda formada de vida e todos os seres vivos possuem um valor intrínseco e têm direito ao respeito, sem levar em conta seu valor utilitário para a humanidade.

•  CUIDAR da Terra, protegendo e restaurando a diversidade, a integridade e a beleza dos ecossistemas do planeta. Onde houver risco de dano grave ou irreversível ao meio ambiente, uma ação preventiva deve ser adotada a fim de evitar prejuízo.

•  VIVER de modo sustentável, promovendo e adotando formas de consumo, produção e reprodução que respeitem e salvaguardem os direitos humanos e a capacidade regeneradora da Terra.

•  INSTITUIR justiça e defender, sem discriminação, o direito de todas as pessoas à vida, à liberdade e à segurança pessoal, dentro de um meio ambiente adequado para a saúde e bem-estar espiritual. As pessoas têm direito à água potável, ar puro, solo não contaminado e à segurança alimentar.

•  COMPARTILHAR eqüitativamente os benefícios do uso dos recursos naturais e de um meio ambiente saudável entre as nações, entre ricos e pobres, homens e mulheres, e gerações presentes e futuras, internalizando todos os custos ambientais, sociais e econômicos.

•  PROMOVER o desenvolvimento social e sistemas financeiros que criem e mantenham meios sustentáveis de subsistência, erradiquem a pobreza e fortaleçam as comunidades locais.

•  PRATICAR a não-violência, reconhecendo que a paz é o todo criado por relações harmônicas e equilibradas consigo mesmo, com outras pessoas, com outras formas de vida e com a Terra.

•  FORTALECER processos que capacitem as pessoas a participar efetivamente no processo decisório e que assegurem a transparência e o dever da prestação de contas no exercício do governo e na administração de todos os setores da sociedade.

•  REAFIRMAR que, às populações nativas e tribais, cabe um papel vital no cuidado e proteção da Mãe Terra. Elas têm direito a preservar sua espiritualidade, seus conhecimentos, terras, territórios e recursos.

•  AFIRMAR que a igualdade de gênero é um requisito do desenvolvimento sustentável.

•  ASSEGURAR o direito à saúde sexual e reprodutiva, com preocupação especial para com as mulheres adultas e jovens.

•  PROMOVER a participação dos jovens, na qualidade de agentes responsáveis de mudança, visando à sustentabilidade local, biorregional e global.

•  FAZER avançar e aplicar o conhecimento científico e de outras naturezas, bem como tecnologias, que promovam meios de vida sustentáveis e protejam o meio ambiente.

•  ASSEGURAR que todas as pessoas tenham, ao longo de sua existência, oportunidades de adquirir o conhecimento, os valores e as habilidades práticas necessárias para criar comunidades sustentáveis.

•  TRATAR todas as criaturas com bondade e protegê-las da crueldade e do aniquilamento arbitrário.

•  NÃO fazer ao ambiente dos outros o que não queremos que façam ao nosso.

•  PROTEGER e restaurar áreas de extraordinário valor ecológico, cultural, estético, espiritual e científico.

•  CULTIVAR e praticar um sentimento de responsabilidade compartilhada pelo bem-estar da comunidade da Terra. Toda pessoa, instituição e governo tem o dever de promover metas indivisíveis de justiça para todos, sustentabilidade, paz mundial, respeito e cuidado para com a comunidade de vida mais ampla.

* Texto extraído do Jornal Estado Ecológico, Edição: Toda Lua Cheia, número 48, de 24/03/98.

 

 

 

 

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